quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TORMENTA




Vou embora.
Qualquer lugar será uma parada.
Não serei a luz do eclipse.

Esse amor estranho
Que arde e fere
Não me deixa.
É um ato só, cadência de notas
Feito sol,
Lá, si, mi, maior e mais atento.

É isto que atormenta,
Não há tempo e, de tempo em tempo
Cai em mim feito tormenta.

Vou embora, não para Pasárgada.
Amigo do rei, não sou.
Em qualquer parada um começo.

É triste
Ser eu mesmo
Nesse eterno eclipse.


26.10.93 às 21h e 03min


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