quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ATOS E FATOS




Portas que se abrem
Portas que se fecham
Atos e fatos
Da vida comum
Comum de dois
Incomum a dois.

Não querer
Não poder
São instantes
Que se agravam
No amor de mão única.

O rosto que você idealiza
Não cabe a face perfeita
O humano desejo de ser
Esbarra na imperfeição
Obliqua dos que te miram.

Esse véu que cobre o corpo
Não é manto
Não é de santo
De cabo
Nem de agostinho
É rastro de luz.

A palavra que falta
Nem sempre completa o pensar
As pegadas que ficam
Não são dos pés
O poema escrito
Amarrei na cauda de um cometa.

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