
Sou um navegador de mares em um veleiro sem velas içadas... Sou o côncavo e o convexo, sou a razão que nega a razão... Sou a escuridão da luz, o verso no reverso da alma... Sou seu eu desconhecido, seu anônimo popular...
Sou a incógnita sem segredo, a visão cega... Sou o arremesso invertido, um cisco no olho do furacão... Sou o juízo do nada, a negação do poeta...
Eu sou a antítese serena do amor que não pousou em mim e fez moradia no colo da noite... Sou você aos quarenta e eu aos oitenta...
Sou poeira, pedra, terra, vento, água, mar do meu rebento, só não fogo de minha inquisição...
Rubens Sousa
01/09/2009 – às 14h e 45 min (escritório de casa)
Essa introspecção não define a mim mesmo, mas a pessoa que habita em mim quando escrevo. (05/04/2010 às 18h e 27 min)
Maravilhoso!!!
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